“Nos bastidores de Hollywood” foi uma das muitas atividades desenvolvidas no Agrupamento de escolas JSC, no âmbito das Jornadas Culturais e Desportivas, que decorreram nos dias 20 e 21 de fevereiro.
Mário Augusto, convidado pela Direção do Agrupamento, foi recebido na e pela Biblioteca Escolar, para estar à conversa com alunos de 11.º e 12.º anos, no dia 21 de fevereiro.
Mário Augusto é o homem que, através dos programas de televisão que faz e dos livros que escreve, nos transporta numa viagem sedutora pelo universo fascinante da indústria cinematográfica.
É natural de Espinho, jornalista de televisão, autor e apresentador de vários programas de divulgação de cinema.
Coordena e apresenta o magazine de cinema da televisão portuguesa, Janela Indiscreta, por isso mesmo tem a sorte de conviver com as estrelas de cinema norte-americano e europeu (atores e atrizes, mas também realizadores), tendo feito mais de duas mil entrevistas.
Produziu e realizou uma série de documentários sobre o século XX português e coordenou e apresentou diversos programas dedicados aos Óscares de Hollywood.
Como autor de livros sobre cinema e de memórias tem publicado os livros Nos Bastidores de Hollywood: Histórias e Segredos das Estrelas de Cinema, Mais Bastidores de Hollywood: Histórias do Cinema e Outros Segredos das Estrelas (um livro inteiramente novo, com novos protagonistas e diferentes enquadramentos, onde não faltam histórias curiosas sobre a própria história do cinema.), Janela Indiscreta, onde selecionou as suas melhores entrevistas a 25 dos maiores nomes da indústria cinematográfica e ilustrado com caricaturas de André Carrilho, A Sebenta do Tempo: Manual de memória para esquecidos e Caderno Diário da Memória: Novos apontamentos da Sebenta do Tempo.
Da conversa, retiramos alguns apontamentos. Mário Augusto é de opinião que “de uma má história nunca resulta um bom filme, uma boa história é sempre uma boa história”. E apresentou um pequeno vídeo, uma montagem de 50 filmes que ele considera os mais marcantes. Nesta sequência, foi possível detetar vários filmes que foram realizados a partir de bons livros, tais como, a saga Harry Potter, A vida de Pi, Precious, Branca de Neve e os sete anões…

A conversa discorreu, fluída, e a história do cinema foi passando por ali. Do cinema a preto a branco ao cinema a cores, do cinema surdo ao cinema sonoro, técnicas e truques de filmagens, tudo foi explicado por quem sabe.
O encontro não poderia acabar sem que este especialista em cinema desse a sua opinião sobre os Óscares de 2020. E Mário Augusto não se fez rogado: “O filme Parasitas é um bom filme, mas não o melhor do ano. Para mim, o melhor filme é Era uma vez em Hollywood e o melhor realizador, Sam Mendes, em 1917”.
Felizmente, Mário Augusto seguiu as palavras de Séneca e não ficou com todo este conhecimento só para si, o qual partilha com os seus leitores, espetadores e, hoje, com os alunos da escola secundária.
por, Ana Paula Oliveira, professora bibliotecária