…PELA CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO MELHOR…

No âmbito do terceiro seminário Ibero Americano de Educação em Direitos Humanos, tive o privilégio de representar o nosso Agrupamento – João da Silva Correia - e o nosso país – Portugal!
Como resultado da classificação obtida a nível nacional, 1.º lugar, entre dez escolas concorrentes ao prémio Monsenhor Óscar Arnulfo Romero, que se destina a valorizar projetos escolares de promoção dos direitos humanos, deslocamo-nos à Cidade do México onde decorreu a fase final do dito concurso. 
O nome do prémio é, por si só, inspirador, já que Óscar Romero foi um dos maiores defensores dos direitos humanos, das minorias, dos pobres, dos que nada tinham na Améria Latina e, de forma particular, em El Salvador. A sua morte violenta, assassinado em plena celebração eucarística, não podia deixar ninguém indiferente. Há três anos, dá nome ao prémio promovido pela OEI – Organização dos Estados Ibero Americanos, bom como da Fundação SM, que premeia o esforço feito pelas escolas em prol da defesa dos Direitos Humanos. 
A valorização do lado humano das escolas, que nunca pesa nos rankings de classificação, é por si só um motivo para nos sentirmos orgulhosos. Na verdade, esta organização dá valor àquilo que não é quantificável nem se converte em resultado de exame nacional, mas que definitivamente promove a construção de um mundo melhor. 
Levamos ao México o nosso projeto “Por um mundo mais tolerante”. É um projeto que resulta da articulação de atividades curriculares e extracurriculares (em articulação de projetos, clubes e bibliotecas escolares) que pretendem desenvolver valores de tolerância, respeito pela diferença, amizade, afeto, inclusão, lutando contra a discriminação, promovendo a igualdade de género e a paz através de múltiplas atividades. 
Estavam a concurso 20 países com 20 projetos diferentes. Todos excelentes! Foi uma riqueza de partilha. Era impossível ficar indiferente àqueles que com tão pouco faziam tanto pelos seus alunos e sobretudo pela defesa dos direitos humanos. Todos, inegavelmente saímos vencedores! Enriquecidos com os testemunhos, com a diversidade cultural, com a criatividade e generosidade que caracteriza todos os que dão de si aos outros. 
Foi uma enorme responsabilidade, mas também um imenso orgulho.

por, Paula Amorim (professora de História)